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Aumento da tarifa de integração em SP é prejudicial e injusto, afirma Idec

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Atualizado: 

17/04/2017

Em carta enviada aos órgãos de transporte, Idec aponta que a alteração no custo da tarifa afeta, principalmente, os usuários da zona leste da cidade

Nesta segunda-feira (17), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou carta à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e à Secretaria dos Transportes Metropolitanos para se manifestar contra o reajuste da tarifa de integração de ônibus, metrô e CPTM que começou a valer no último sábado (15). Para o Idec, o aumento é prejudicial e injusto, principalmente para os usuários da zona leste da cidade. 
 
No ofício, o Instituto apresentou uma análise dos dados da Pesquisa de Mobilidade Urbana de 2012, do Metrô de São Paulo, que constatou que 49% das viagens com integração entre ônibus e trilhos (trem ou metrô) são realizadas por moradores da região leste e apenas 11% por moradores do chamado Centro Expandido. 
 
“O aumento do custo da integração pode desestimular as pessoas a utilizar a combinação de trilhos e ônibus, causando lotação em linhas de coletivos. Além disso, nenhum estudo sobre esse impacto foi realizado antes da implementação do reajuste”, diz o pesquisador em mobilidade urbana do Idec, Rafael Calabria.
 
Na carta, o Instituto também questionou que o aumento da integração aconteça a apenas um mês do processo de licitação de ônibus da capital esteja aberto. Prevista para maio, um dos pontos da licitação é discutir o custo do transporte e, consequentemente, o valor da tarifa para o usuário.  
 
“Esperamos que a Prefeitura abra uma discussão organizada sobre o financiamento da passagem, aproveitando o momento de discussão da licitação de ônibus para reverter esta medida, que dificulta a integração e prejudica a mobilidade na região metropolitana de São Paulo”, conclui Calabria.