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Idec apresenta resultados de suas pesquisas sobre a redução de sódio nos alimentos industrializados em seminário no Panamá

Evento reuniu especialistas de 12 países da América Latina para discutir a implementação de políticas públicas voltadas à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis

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Atualizado: 

29/06/2015
As doenças crônicas não transmissíveis, chamadas de DCNTs, são a principal causa de morte em quase todos os países da América, respondendo por três em cada quatro óbitos na região. Isso inclui doença do coração, acidente vascular cerebral, câncer, doença pulmonar crônica e diabetes. 
 
Medidas para reverter este quadro foram discutidas durante o seminário promovido pela Coalizão Latinoamericana de Saúde (CLAS), realizado entre os dias 8 e 10 de junho no Panamá, que contou com a participação de especialistas e representantes de importantes organizações das áreas da saúde e proteção do consumidor, entre elas o Idec. 
 
Ana Paula Bortoletto, nutricionista e pesquisadora do Idec, apresentou os resultados das pesquisas do Instituto sobre os acordos voluntários de redução de sódio, que apontam a falta de transparência e participação social na elaboração dos acordos no Brasil, além da ineficácia das metas estabelecidas. Foram apresentadas outras experiências mais efetivas na redução de sódio, como no caso da Argentina, onde a redução da substância em alimentos processados passou a ser obrigatória desde 2013.
 
“A América Latina está assumindo a frente dos avanços em políticas públicas e legislações para combater as doenças crônicas não transmissíveis. É a região do mundo com mais propostas inovadoras para conter o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados. Esperamos que o Brasil e os demais países no mundo acompanhem essa tendência”, destaca Ana Paula. 
 
Maior participação da sociedade civil
Os especialistas da América Latina foram convocados pela Coalizão Latinoamericana de Saúde (CLAS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pelo Ministério da Saúde do Panamá, a fortalecer a resposta da sociedade civil com relação ao aumento significativo de produtos nocivos para a saúde, agravado pelo forte lobby da indústria de alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas e tabaco.
 
Como resultado, uma série de documentos, declarações e posições regionais da CLAS foram definidos durante o evento, com destaque para as cartas que tratam da convenção global de alimentação saudável e também do posicionamento sobre a interferência das indústrias na elaboração de políticas públicas para o combate das DCNTs, disponíveis na íntegra abaixo.
 
Região tem iniciativas bem-sucedidas
Nossos vizinhos já têm em prática políticas públicas para controle do tabaco, alimentação saudável e aumento da atividade física que, embora ainda sejam insuficientes, podem ser consideradas bem-sucedidas.
 
O México foi o primeiro país do mundo a adotar uma taxa para as bebidas açucaradas, com resultados já demonstram a redução do consumo desses produtos. O Equador avançou com a rotulagem na frente da embalagem, facilitando a decisão de compra do consumidor, enquanto que a Argentina foi o primeiro país das Américas a eliminar as gorduras trans. Já o Brasil adotou um novo guia alimentar que é modelo para outros países ao redor do mundo.
 
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