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Idec participa de Seminário da Crise Hídrica em SP

O Instituto participou, como ouvinte, do seminário “A Crise Hídrica e Seu Plano de Contingência”, realizado no início de fevereiro na Fecomércio

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Atualizado: 

24/02/2015
Dia 6/2 a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) recebeu em sua sede o Secretário de Recursos Hídricos do Estado, Benedito Braga, que a convite da Federação e de seu Conselho de Sustentabilidade, apresentou o Plano de Contingência para enfrentamento da crise hídrica que o Estado enfrenta.
 
O Plano se resume em ações a curto prazo, como forte redução do consumo e obras emergenciais; a médio prazo, como reforço nos sistemas Cantareira, Alto Tiete, Rio Grande e estações de reúso; e longo prazo: aumentar a segurança hídrica, inclusive trazendo água de outros estados para São Paulo. Vejam detalhamento do plano a seguir.
 
Após a apresentação para o auditório lotado, algumas das perguntas respondidas pelo Secretário foram sobre:
 
Tarifa
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) precisa ter capacidade de investir e para isso, precisa de uma situação financeira adequada. Nesse campo, estão trabalhando numa estrutura tarifária progressiva.
 
Qualidade da água
A Companhia está confiando na Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), já que eles realizam amostras diárias nos reservatórios e todas estão dentro dos padrões estabelecidos. 
 
Cisternas 
A Sabesp considera uma alternativa para usos não-potáveis. Já estão fazendo parcerias com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para que implantem cisternas nas novas construções e também nas já existentes. 
 
Recuperação de Nascentes 
Segundo o Secretário, o Estado já tem o Programa de Recuperação de Nascentes/Matas Ciliares pela Secretaria de Meio Ambiente, que é grande e amplo e, que, portanto, está fazendo sua parte no tema. 
 
Contudo, a pergunta da representante do Idec, Renata Amaral, pesquisadora em consumo sustentável, ficou sem resposta: Como as questões ambientais de licenciamento estão sendo consideradas nessas obras emergenciais previstas e quais os planos para o cenário de total falta d’água ou se esse cenário não está sendo considerado pelo Governo. “O seminário reforça nosso posicionamento, como Idec e como Aliança pela Água, na falta de um plano coerente para a crise, com detalhamento das medidas a serem adotadas, principalmente nos conflitos que poderão - e já estão acontecendo em algumas localidades”, avalia Renata. 
 
Detalhes do Plano apresentado no seminário:
 
Medidas de curto prazo
Forte redução de consumo, já que, segundo o Secretário, não há como trazer mais água neste período:
-Na cidade: maiores campanhas de informação, explicar tamanho da crise aos consumidores, ensinar formar mais eficientes de redução de consumo, e, utilizar de instrumentos econômicos (bônus/ônus);
-Industrial: uso eficiente e incentivo ao reuso; 
-Agrícola: combate a captação sem outorga (trabalho forte nisso) e incentivo a praticas conservacionistas com redução de consumo (mecanismos + eficientes)
 
Ainda não há indicativo de se haverá rodizio ou não. Eles ainda estão estudando. O rodizio viria quando a redução da pressão estiver no limite, mas, segundo Braga, estamos próximos.  
 
Obras Emergenciais (2015):
-Reforços para Sistema Alto Tietê/Rio Claro/ Guarapiranga/ Billings, por meio de obras simples (bombeamento) para aumentar a segurança hídrica dos reservatórios
 
Medidas a médio prazo
Obras (2016-2018): 
-Reforço Cantareira (braço do Rio Paraíba do Sul –já aprovado pelo PAC)
-Estações de Reuso Potável Direto (Estação de Tratamento de Esgoto - ETE - para reservatórios)
-Reforço para Alto Tiete e Rio Grande
 
Medidas a longo prazo (2050)
-Necessidade de aumento da segurança hídrica
-Atender ao Plano da Macro Metrópole – trazer água de outros rios para a RMSP. 
 
Medidas de Sustentabilidade a médio e longo prazo
-Gestão da demanda (equipamentos poupadores, individualização das unidades em condomínios, estruturação tarifaria) 
-Controle de perdas (segundo Braga, as perdas que comentam ser em torno de 30-40%, diz respeito a perdas econômicas e físicas. E que, as perdas físicas estão em apenas 20%) 
-Reúso da Agua
 

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