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O excesso de peso está fortemente associado ao risco de desenvolver 13 tipos de câncer, afirma Inca

Instituto sugere a taxação de bebidas açucaradas como solução para combater o problema

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Atualizado: 

14/08/2017

O Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), órgão ligado ao Ministério da Saúde, divulgou no início de agosto um posicionamento relacionando sobrepeso e obesidade ao risco de desenvolver diversos tipos de câncer.

Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), apresentados no texto, mostram que 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao excesso de peso. Essa associação, em geral, está relacionada à resistência à insulina, que pode aumentar a quantidade de açúcar no sangue; alterações na função imune, sistema de defesa contra microrganismos; além de outras condições biológicas. 

De acordo com o Inca, a alimentação dos brasileiros é apontada como um dos principais fatores associados ao ganho de peso. Este processo envolve o aumento no consumo de alimentos processados e ultraprocessados, frente à alimentação saudável

O Instituto reconhece que a prevenção e o controle do sobrepeso e obesidade não serão resolvidos por meio de ações individuais. Dessa forma, o órgão sugere o aumento da tributação de bebidas açucaradas, a criação de políticas públicas e ações de prevenção, como a restrição da publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis dirigidas ao público infantil e o aprimoramento das normas de rotulagem de alimentos para deixar a informação mais compreensível e acessível ao consumidor. 

A nutricionista do Idec, Mariana Garcia, afirma que o posicionamento do Inca é fundamental para a luta por políticas que tenham realmente impacto no controle da obesidade no Brasil.

“O Inca é o mais importante órgão de pesquisa e desenvolvimento de ações relacionadas ao câncer do país. O seu posicionamento sinaliza que há um reconhecimento por parte do Ministério da Saúde da relevância destas medidas para o controle do problema”, afirma Garcia. 

É preciso controlar a epidemia da obesidade

Este ano, dados do Ministério da Saúde mostram que os números relacionados ao excesso de peso cresceram muito na última década. Atualmente, mais da metade dos adultos brasileiros está com o peso acima do recomendado e 19% são consideradas obesos.

Para Garcia, é dever do Estado proteger a população para que esse cenário mude. "Se vários estudos já constataram que determinado produto faz mal, que está aumentando a obesidade e, consequentemente, os gastos públicos com saúde, é imprescindível que seja faça algo para que essas consequências diminuam", finaliza.

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