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Alimentação [1]
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Atualizado:
Nesta terça-feira (12), o Idec lança uma nova versão do Mapa de Feiras Orgânicas [2], plataforma criada em 2012 para aproximar consumidores e produtores de alimentos agroecológicos.
O lançamento ocorre durante o X Congresso Brasileiro de Agroecologia [3], realizado em Brasília (DF). Agora o usuário pode realizar a sua busca por região, estado e município, e utilizar a opção de localização para ver onde estão as feiras perto de sua referência. Entre os resultados, o usuário pode encontrar três tipos de comércio de orgânicos: Feiras Orgânicas ou Agroecológicas, Grupos de Consumo Responsável e Comércios Parceiros de Orgânicos.
“Quando o Mapa foi criado, havia cerca de 100 feiras cadastradas no Brasil. Cinco anos depois, já são cerca de 500 feiras disponíveis, o que demonstra o crescente interesse da população por produtos orgânicos e a importância de aprimorar a ferramenta”, avalia Mariana Garcia, nutricionista e pesquisadora do Idec.
O conteúdo oferecido na plataforma também foi ampliado: os usuários agora têm acesso a receitas que podem ser feitas com os alimentos orgânicos e a uma biblioteca, que reúne diversos conteúdos sobre agroecologia, produção orgânica e alimentação saudável.
A nutricionista do Idec destaca que o Mapa de Feiras é uma forma de criar relações mais próximas e saudáveis entre os consumidores e agricultores, estimular a economia local e não prejudicar o meio ambiente, e lembra seu caráter colaborativo. “Para que as informações se mantenham atualizadas e corretas, é importante que os usuários participem e enviem informações sobre novas feiras, sobre mudança de local ou horário etc.”, conclui Garcia.
Orgânicos podem ser mais acessíveis
Um levantamento [4] realizado em 2016 em diversos comércios do Brasil, constatou que uma cesta de produtos orgânicos é, em média, 50% mais barata nas feiras do que nos supermercados.
Em outra pesquisa [5] mais antiga, realizada pelo Idec em 2012, a diferença verificada foi ainda maior: um mesmo produto custava até 430% mais caro no supermercado do que nas feiras especializadas.
Além disso, em uma enquete realizada na época, 74% dos internautas disseram que prefeririam orgânicos se eles tivessem preços mais baixos e se os canais de comercialização fossem mais próximos de suas residências.
“O Mapa de Feiras Orgânicas surgiu dessa necessidade e é por isso que ele continua sendo importante: para mostrar que o consumo de orgânicos pode ser, sim, barato e de fácil acesso”, conclui a nutricionista do Idec.
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