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Conferência do clima de Cancun foi positiva, mas ainda insuficiente

<p> Reuni&atilde;o determina redu&ccedil;&atilde;o de metade do CO2 emitido, mas as quest&otilde;es do Protocolo de Kyoto continuam sem solu&ccedil;&atilde;o</p>

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Atualizado: 

26/07/2011

A 16ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CoP16) terminou no último sábado (11/12), em Cancun, México. O saldo pode ser considerado positivo, pois formalizou metas e compromissos indicados no documento final da CoP15, realizada ano passado em Copenhague, e avançou em alguns aspectos.

No entanto, ainda falta detalhamento sobre a forma como as medidas serão implementadas e o acordo, que não foi consensual entre todos os países, continua sendo voluntário - ou seja, só cumpre quem quer.

Entre os principais avanços, está a criação de um Fundo Climático, que vai administrar a ajuda financeira dos países ricos às nações em desenvolvimento. A previsão é que sejam doados US$ 100 bilhões até 2020.

Outro ponto positivo é que, além do compromisso de limitar o aquecimento global a 2ºC, já previsto na CoP15, agora ficou estabelecido também que os países devem reduzir a emissão de CO2 em 50% até 2050. Embora os acordos firmados não garantam meios de se atingir tal objetivo, pelo menos agora há uma meta para pressionar os países.

No entanto, um problema que a conferência de Cancun não resolveu é o segundo período dos compromissos do Protocolo de Kyoto, que se encerra em 2012, e é o único acordo legalmente vinculante (ou seja, tem força de lei) de redução de emissões entre os países ricos (com exceção dos Estados Unidos). Não foi tomada nenhuma decisão e apenas ficou prevista uma reunião "o mais breve possível" para discutir o tema.

Mude o consumo
"Embora o resultado da CoP16 seja positivo, principalmente porque depois do fiasco de Copenhague as expectativas eram muito mais realistas, a estrada para a transformação que precisamos ter para conter as mudanças climáticas ainda é longa e há muito trabalho pela frente", ressalta Adriana Charoux, pesquisadora do Idec.

Existe ainda o desafio de consolidar estratégias e ferramentas que permitam aos consumidores fazerem escolhas mais responsáveis do ponto de vista socioambiental, tanto no acesso a bens e serviços mais sustentáveis quanto na pressão cotidiana aos governos e empresas para uma verdadeira mudança nos padrões de produção e consumo.

Com o objetivo de promover essa transformação, o Idec e o Vitae Civilis promovem a campanha "Mude o consumo para não mudar o clima". Para saber mais, acesse: www.climaeconsumo.org.br.

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