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Começou substituição das sacolas plásticas em supermercados de São Paulo

<em>Para o Idec, iniciativa &eacute; positiva, mas requer mudan&ccedil;a de h&aacute;bitos dos consumidores e &nbsp;tamb&eacute;m na produ&ccedil;&atilde;o das sacolas biodegrad&aacute;veis</em>

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Atualizado: 

26/01/2012
O fim da oferta de sacolinhas plásticas nos supermercados paulistas começou ontem, quarta-feira (25). Agora, os estabelecimentos deverão oferecer sacolinhas biodegradáveis aos consumidores, ao invés das sacolas descartáveis comuns. A substituição não decorre de lei, mas é resultado de um acordo assinado no último dia 9 de janeiro entre a SMA (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo) e a APAS (Associação Paulista de Supermercados). A iniciativa da associação se complementa com a campanha “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”.
 
Impactos
Vale lembrar que, mesmo com o atual acordo, a substituição das sacolas será gradativa. A estimativa é de que, com a medida, só na capital paulista deixem de ser utilizadas cerca de 650 milhões de sacolas ao mês. 
 
O uso das sacolas plásticas descartáveis traz diversos impactos ambientais. Além de ocupar espaço nos aterros, sua produção utiliza grande volume de água e energia, gerando resíduos industriais. Difundidas no Brasil a partir do final da década de 80, as sacolinhas são feitas de polietileno de baixa intensidade (um derivado do petróleo) e sua degradação no ambiente demora, no mínimo, 100 anos. Estima-se que 10% de todo o lixo gerado no país seja composto dessas sacolinhas. 
 
Já as sacolas biodegradáveis, derivadas do amido de milho, se decompõem em até dois anos pela ação de microorganismos. Quanto mais fina, mais rápida é a decomposição, e estima-se que cada sacolinha seja comercializada por R$0,19. Além de um aumento de custo inicial para o consumidor que precisar de sacola plástica, a indústria das sacolas convencionais argumenta que haverá desemprego no setor. 
 
“Esperamos que os custos das sacolas alternativas caiam e os trabalhadores da indústria de sacolas convencionais sejam absorvidos na produção das primeiras. Mudanças desse tipo serão mais e mais frequentes e a sociedade tem de conseguir fazer essas transições sem grandes traumas”. destaca Lisa Gunn, coordenadora executiva do Idec. Além disso, para Lisa Gunn, “essas alternativas mais adequadas ambientalmente já deveriam estar maduras a essa altura do campeonato, mesmo do ponto de vista econômico. Claro que leva um tempo para as coisas se rearranjarem, inclusive para o consumidor modificar seus hábitos” afirma.
 
Decisão antiga
A decisão da retirada das sacolinhas plásticas na cidade de São Paulo já é maio de 2011, quando o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou a lei que proibiria a distribuição de sacolas plásticas em todo o município. Entretanto, na época o Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico) entrou na Justiça pedindo a revogação da lei, alegando a alta taxa de desemprego que a substituição do uso das sacolas iria proporcionar. Na ocasião, o Tribunal de Justiça de São Paulo havia suspendido a lei por tempo indeterminado.
 
Alternativas
Confira algumas alternativas que podem ser utilizadas na hora de transportar suas compras:
 
O uso de caixas de papelão é uma boa solução na hora de fazer grandes compras nos supermercados. Separar os itens e colocá-los em caixas facilita o transporte até o carro. Além disso, as caixas ajudam a organizar os produtos;
 
Também é possível usar o próprio carrinho de compras para o transporte até o carro. Essa alternativa só não é recomendada no transporte de produtos frágeis;
 
As sacolas feitas de tecido, popularmente conhecidas como "Ecobags", são retornáveis e podem ser utilizadas em compras pequenas. Existem alternativas cada vez mais compactas, que, dobradas, cabem na bolsa ou na mochila;
 
As sacolas de feira (ou mesmo os carrinhos), tão usadas por nossas avós, também se encaixam em alternativas sustentáveis. Quase sempre são feitas de tecido ou de uma plástico mais resistente, e também servem no momento de transportar compras pequenas;
 
Nas feiras livres, a nova lei não se aplica, portanto as frutas e verduras poderão continuar sendo embaladas em plásticos, mas se recomenda que os carrinhos de feira sejam utilizados para o transporte das mercadorias.

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