A Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) lançou a primeira parte do dossiê sobre os severos impactos causados pelo uso de agrotóxicos. O documento foi elaborado por representantes da associação e tem como objetivo alertar as autoridades públicas sobre os perigos deste produto. A importância da construção de políticas públicas que protejam a saúde humana e os ecossistemas impactados pela química dos agrotóxicos também são abordados no documento.

 

Contaminação

A publicação mostra uma classificação dos efeitos e sintomas causados por diferentes grupos de agrotóxicos - além de efeitos imediatos, como a intoxicação, também doenças crônicas como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos e neurológicos podem aparecer ao longo dos anos.

 

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Observatório da Indústria dos Agrotóxicos da UFPR (Universidade Federal do Paraná), nos últimos três anos, o Brasil vem ocupando o lugar de maior mercado mundial de agrotóxicos. Com isso, cerca de um terço dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros está contaminado.

 

O dossiê também traz informações sobre a contaminação da água por agrotóxicos e a nova Portaria do Ministério da Saúde referente aos procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

 

No final do dossiê, há dez propostas para o enfrentamento da questão do agrotóxico, entre eles, a prioridade em implantar uma Política Nacional de Agroecologia em detrimento ao financiamento público do agronegócio e o fortalecimento das políticas de aquisição de alimentos produzidos sem agrotóxicos.

 

Para acessar a parte 1 do dossiê “Um Alerta para sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde” clique aqui. A segunda parte terá como tema “Agrotóxicos, Saúde e Sustentabilidade” e será lançado durante a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, nos dias 20, 21 e 22 de junho.