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Franquia na internet fixa viola direitos do consumidor, avalia Senacon

<div> Posi&ccedil;&atilde;o da Secretaria, ligada ao Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, foi definida pelo Grupo de Trabalho Consumo e Telecomunica&ccedil;&otilde;es, do qual o Idec &eacute; parte&nbsp;</div> <div> &nbsp;</div>

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Atualizado: 

24/05/2016
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, concluiu que, no atual contexto, a imposição de franquia de dados na internet fixa viola os direitos básicos do consumidor.  
 
A posição da Senacon sobre o tema foi definida no âmbito do Grupo de Trabalho (GT) Consumo e Telecomunicações, durante reunião realizada no último dia 10. 
 
Criado em dezembro passado sob a coordenação da Senacon, o GT é formado por representantes de entidades civis de defesa do consumidor, entre elas o Idec, de Procons, da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON), entre outras entidades, além de contar com a colaboração de especialistas em telecomunicações.
 
O grupo de trabalho considerou que a limitação do acesso à banda larga por meio da redução da velocidade, suspensão de serviços ou de cobrança de tráfego excedente configura prática comercial abusiva e viola os direitos essenciais dos consumidores à informação clara e precisa sobre o serviço prestado. 
 
Na semana passada, a Senacon enviou ofícios às três maiores empresas de telecomunicação do país - Oi, Vivo e Net - comunicando sua posição sobre o tema. 
 
Pressão
 
A conclusão do GT é muito mais simbólica do que prática, afirma o advogado e pesquisador do Idec Rafael Zanatta. A posição, no entanto, deve ser mais um mecanismo de pressão para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizar um amplo debate antes de emitir um parecer final sobre o tema. “O GT não tem poder para mudar as regras do jogo, mas pode influenciar nessa disputa. Afinal, essa foi uma deliberação tomada em conjunto por membros do Ministério da Justiça e Cidadania, Judiciário, Procons e ONGs”, afirma Zanatta.
 
Na reunião, o grupo também manifestou apoio formal à deliberação do Comitê de Defesa dos Usuários de Telecomunicações (CDUST), que, um dia antes, havia acatado a proposta do Idec e recomendado que a Anatel rediscuta as regras sobre franquias na internet fixa por meio de um processo amplo e participativo. 
 
Para os membros do GT, a Agência deve realizar uma nova resolução, coletar informações de pesquisas realizadas em universidades e centros técnicos, efetuar audiências públicas, analisar o pacto regulatório, além de considerar a infraestrutura e concorrência do mercado de telecomunicação brasileiro, que é altamente concentrado. Diferentemente de outros países, quase 90% do mercado de conexão à internet fixa é dominado por três grupos econômicos.
 
Para acompanhar as novidades do assunto, assine o boletim informativo da campanha Internet Livre, criada pelo Idec contra o bloqueio da banda larga fixa.
 

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