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Idec contesta valor apresentado pelo Banco Central

<div> Idec realiza estudo com a composi&ccedil;&atilde;o do potencial m&aacute;ximo de pagamento, pelos bancos para o pagamento dos expurgos das cadernetas de poupan&ccedil;a. O valor &eacute; bem menor que o apresentado pelo Banco Central, chegando ao m&aacute;ximo de R$ 8.465.535</div> <div> &nbsp;</div> <div> E hoje, 26/11, o Idec lan&ccedil;a nova campanha, endere&ccedil;ada &agrave; presidente Dilma, ao Mantega e Tombini, por meio de abaixo-assinado, na plataforma <a href="https://www.change.org/poupadores">Change.org</a>.</div>

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Atualizado: 

02/12/2013
Economistas e advogados do Idec apuraram, que o valor estimado de R$ 150 bilhões divulgado pelo Banco Central como risco potencial dos bancos desconsidera a atual realidade das ações que versam sobre os planos econômicos que serão julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima quarta-feira (27/11). Esta cifra imaginária não leva em consideração o andamento processual de todas as ações que correram na justiça nos últimos vinte anos, além de equivocar-se ao defender que tal montante seria pago de uma única vez pelo sistema financeiro. 
 
“É como se os todos os bancos fossem devolver, de forma espontânea, todas as perdas aos poupadores, com todos os planos ou, alternativamente, que todos os poupadores buscassem a Justiça e ganhassem todas as ações judiciais por eles propostas de uma única vez” avalia a  presidente do Conselho Diretor do Idec, Marilena Lazzarini. 
 
Confira na tabela abaixo a conta apresentada pelos bancos:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As autoridades monetárias apontam que os pagamentos aos poupadores supostamente provocariam o risco sistêmico, comprometendo a oferta de crédito e a própria geração de empregos. Porém, o método utilizado na apresentação desses dados gera desconfiança e dúvidas sobre a correta avaliação dos fatores macroeconômicos. “A não utilização de dados atualizados, a falta de análises aprofundadas e a desconsideração de aspectos relevantes como os pontuados no presente estudo já são suficientes para se atestar a inconsistência do valor apresentado pelo Banco Central” aponta a economista do Idec,  Ione Amorim. 
 
A conta da realidade
Do valor de R$ 150 bilhões, R$ 81,2 bilhões correspondem ao Plano Collor, que possui jurisprudência amplamente desfavorável ao poupador, inclusive no STF, não podendo ser incluído na discussão de perdas “potenciais” dos bancos.
 
 
Além disso, em 2010 o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reduziu o prazo para ajuizar ações civis públicas que tratam dos chamados “expurgos inflacionários” de vinte para cinco anos. Com isso o número de ações civis públicas interpostas em relação aos expurgos desses planos caiu de 1.030 para cerca de 15.
 
Por fim, um estudo do Ministério Público Federal estima que o número de contas poupança com pequenos valores depositados à época e que não compensariam um pedido na justiça é muito alto. Dentro dos atuais números apresentados pelo Banco Central tais valores ultrapassam R$ 39 bilhões.
 
Assim, utilizando-se dos próprios dados divulgados como potencial risco dos bancos e adequando-os à atual realidade enfrentada pelos poupadores, o Idec demonstra que tal risco nunca ultrapassaria R$ 8,4 bilhões. O que afasta, de forma definitiva, a tese de risco sistêmico que possíveis perdas podem trazer aos bancos.
 
A luta do Idec
Ontem, 25/11, o Instituto enviou carta a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e Alexandre Tombini, presidente do BC, repudiando posicionamento do governo favorável aos bancos.
 
No mesmo dia, encaminhou carta aos ministros do STF, pedindo que não aceitem a ameaça do governo com números irreais e não permitam que seja destruída a confiança dos cidadãos na poupança popular.
 
E hoje, 26/11, o Idec lança nova campanha, endereçada à presidente Dilma, ao Mantega e Tombini, por meio de abaixo-assinado, na plataforma Change.org.
 
 
 

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